Qualidade de vida no câncer: a filosofia que guia o CRIO no cuidado
- Crio

- 22 de out.
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Quando se fala em câncer, a primeira imagem que costuma surgir é a de uma batalha. Palavras como luta, guerra e resistência moldaram o imaginário popular sobre a doença.
Mas no Centro Regional Integrado de Oncologia (CRIO), uma filosofia diferente orienta cada gesto, cada protocolo, cada escolha: qualidade de vida enquanto há vida.
Essa é mais do que uma frase inspiradora. É uma conduta prática e concreta, sustentada por equipes multiprofissionais que enxergam a pessoa antes do tumor. Que compreendem que viver é mais do que sobreviver. Que sabem que cada paciente tem um tempo, uma história e necessidades que vão muito além do prontuário médico.
Fundado em 1975, o CRIO foi pioneiro em radioterapia no Ceará. Hoje, é muito mais do que um centro oncológico: é um ecossistema de cuidado integral que abraça a ciência sem abrir mão da empatia. A cada mês, mais de 20 mil atendimentos acontecem entre consultas, exames e terapias que combinam alta tecnologia com um acolhimento que se sente na pele. Literalmente.
O conceito de "qualidade de vida enquanto há vida" se materializa no jeito como a equipe conversa com o paciente, no tempo de escuta, na forma como o plano terapêutico é construído com participação ativa da família. Aqui, a escuta não é protocolo. É prioridade.
E isso não significa negligenciar o rigor científico. Pelo contrário. O CRIO participa de pesquisas clínicas, adota equipamentos de última geração e oferece terapias modernas como imunoterapia e hormonioterapia. Mas a tecnologia é usada para reduzir sofrimento, não para distanciar. A ciência aqui é a mão que cuida, não o olhar que julga.
Essa visão se estende também à Casa de Apoio "Nossa Casa". Criada pelo CRIO em 2004, ela acolhe gratuitamente pacientes vindos do interior do estado, oferecendo hospedagem, alimentação, terapia ocupacional e suporte psicossocial. Porque o tratamento não acaba na quimioterapia. A esperança precisa de endereço.
Cada paciente que passa pelo CRIO encontra uma rede que entende que cuidar é também segurar a mão, explicar com calma, respeitar o tempo do outro. É permitir que mesmo em meio ao tratamento, a vida continue pulsando. Que aniversários sejam comemorados, que o cabelo possa cair sem vergonha, que o medo seja acolhido sem pressa.
No CRIO, não se fala em batalha. Fala-se em presença. Em escuta ativa. Em dignidade. Porque cada vida importa, até o último suspiro. E enquanto houver vida, haverá cuidado. Haverá CRIO.

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